Muito se tem falado sobre o papel da Liderança Consciente Aplicada como destaque no engajamento de equipes, na definição dos processos, no estabelecimento de metas, entre outras ações para o alcance de resultados de sucesso.
Para que seja possível compreender como alcançar a liderança consciente e aplicá-la, de fato, no exercício profissional, convido você para refletir sobre alguns aspectos relevantes.
Tomando por base estudiosos do tema e acompanhando as mudanças muito aceleradas no cenário das organizações, reforçamos algumas definições que são atemporais e refletem o papel da liderança frente aos desafios corporativos.
Liderar não é sobre estar no comando
O escritor e palestrante Simon Sinek diz que liderar não é sobre estar no comando. É sobre cuidar das pessoas que estão sob o seu comando. Sinek destaca que bons líderes fazem as pessoas se sentirem seguras. Sentimento, amor, confiança, cooperação são algumas palavras de destaque em uma de suas palestras curtas no Ted Talks, que considero de boa contribuição para líderes:
Alex Budak é membro do corpo docente da UC Berkeley, e autor de “Becoming a Changemaker” (Tornando-se um Agente de Mudanças) e diz que liderança não é um título- liderança é ação. Em um de seus vídeos ele comenta que você não precisa ser um CEO para ser líder. Desenvolveu um conceito que chamou de microliderança, que consiste em dividir a liderança em sua menor e mais significativa parte. Ele defende que temos dezenas de pequenos momentos de liderança ao dia. Pequenos momentos que podemos levantar e colaborar com um amigo, convidar a uma conversa, cooperar, compartilhar ideias e possíveis decisões. São caminhos para despertar e agir com liderança.
A liderança se constrói, passo a passo
O que quero sinalizar aqui, com esses exemplos, é que a liderança se constrói, passo a passo. Parece paradoxal em um mundo dinâmico, em constante mudança, volátil, incerto, ter uma analogia de liderança com as habilidades do comportamento humano. Mas é aí que está o novo olhar da liderança consciente!
O que estes autores nos revelam é que nós somos os verdadeiros agentes de mudança de nosso crescimento pessoal e profissional. Ser um líder consciente suscita autoconhecimento. Compreensão de si para abrir-se ao entendimento de outros. Autodesenvolvimento, estudo, leituras, compartilhamento com outras pessoas, ganho de experiência, busca por mentoria de líderes que admiramos para aprender com suas experiências. Demanda humildade e posicionamento.
Essa essência da liderança permanece imutável. Mas, é fato que as mudanças são velozes e precisamos nos adaptar, ampliando nosso repertório de comportamentos e atitudes para exercer a liderança humanizada e de resultados.
Habilidades relacionadas às competências comportamentais
O líder atual vai precisar desenvolver ou fortalecer, cada vez mais, habilidades relacionadas às competências comportamentais – conhecidas como soft skills. Assim, separamos as 5 mais indicadas para iniciar o sucesso de sua liderança:
Autoconhecimento e Inteligência Emocional
Conhecer a si mesmo (a) é uma busca constante e necessária. Saber como lidar com seus pensamentos e sentimentos permite acionar sua inteligência emocional e calibrar os 5 aspectos indicados por Daniel Goleman: Autoconsciência, capacidade de analisar as emoções e prever as possíveis reações; Autorregulação é trabalhar com a régua do controle das emoções durante situações de tensão; Automotivação é o uso das emoções de forma consciente, buscando compreender antes de responder ao entorno, oferecendo uma resposta interior que possa mobilizar você para interagir apropriadamente na situação que enfrenta; Empatia é a habilidade de se colocar no lugar do outro para melhor compreendê-lo e interagir de forma genuína, conectando-se ao outro; e Habilidades Sociais refere-se a manter boas relações, com posicionamentos respeitosos. O líder consciente compreende a força do autoconhecimento e da Inteligência Emocional para uma liderança positiva e saudável.
Habilidade de comunicar-se eficazmente
Envolve a capacidade de escutar ativamente e comunicar com clareza e assertividade. Além disso, escolher palavras para manter o respeito e o diálogo produtivo é essencial. Dar direção, esclarecer dúvidas e posicionar-se de forma interessada e genuína são aspectos fundamentais. Importante destacar também a habilidade de dar e receber feedback, como instrumento de fortalecimento das relações profissionais entre líderes e liderados.
Organização e gestão da relação com o tempo
Com a velocidade das mudanças, o líder deverá ser ágil, porém, cuidadoso. Em tempos de home office, vídeo chamadas, gestão remota, o desafio da liderança aumenta. Entretanto, o líder que dá a visão e acompanha a equipe, obtém resultados bem sucedidos, pois oferece segurança e conhece sua equipe para delegar de forma eficiente. Usar ferramentas de planejamento e organização de tarefas, monitorar resultados, colocar-se à disposição e oferecer feedbacks serão ótimas ações para o alcance de resultados desejados.
Flexibilidade
Já não há mais espaço para líderes inflexíveis e impositivos. Portanto, engajar o time e envolvê-los em debates estimulantes antes de tomar decisões ajudará a criar um clima laboral democrático e participativo. Isso contribuirá para reforçar a confiança, o senso de pertencimento e a coesão da equipe.
Senso de equipe e orientação para resultados
o líder deve não só promover o senso de equipe, como também atuar como um membro da equipe, integrando-se com as equipes em busca dos resultados pretendidos. Os papeis são diferentes, mas o objetivo é único. O saudoso Stephen Covey, autor da obra “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” nos deixou um legado imensurável sobre o papel da liderança em momentos complexos.
Ele conta que, há algumas décadas, o líder liderava em “águas tranquilas”, de forma que ele orientava a equipe e cada um era capaz de ouvir, mesmo em um barco a remo, no meio de um rio, as orientações proferidas. No mundo atual, o líder vai liderar em “águas turbulentas” e será necessário que cada um dos membros da equipe saiba o que deve fazer, pois todos, inclusive o líder, estarão em um bote de rafting, de capacete e em meio ao barulho ensurdecedor das águas turbulentas. Esta metáfora nos ajuda a compreender o quanto a liderança deverá se aproximar de seus liderados conhecendo cada um e se tornando um líder consciente, justo, que sabe cobrar na medida exata, e consegue contribuir com o crescimento e desenvolvimento do time.
Conclusão
As competências comportamentais não param por aí. Além disso, se você é um líder ou deseja tornar-se um líder consciente e aplicar a liderança humanizada, com foco em resultados e contribuição para o crescimento das pessoas, das equipes e da empresa, há alguns caminhos a percorrer.
Aproveite a oportunidade de se tornar um líder de equipe eficiente com os treinamentos da ComExpressão. Além disso, mantenha-se atualizado com as notícias do GEX News, busque conhecimento e invista no fortalecimento das habilidades de liderança. Assim, você está no caminho certo para o sucesso.
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