Nos últimos meses, desenvolvedores do Bitcoin expressaram preocupação com um novo comportamento na mineração da criptomoeda. De acordo com as denúncias, cerca da metade do poder de processamento do Bitcoin estaria ligado a uma única entidade. Esse poder de mineração estaria sendo compartilhado por 10 das 15 maiores pools de mineração, que estariam enviando regularmente uma parte ou toda a recompensa do bloco para um único endereço. Essa situação levantou especulações de que uma “Entidade desconhecida controla Bitcoin”, o que pode representar um risco significativo para a descentralização e segurança da rede.
Além disso, há suspeitas de que essa entidade esteja filtrando “satoshis raros” antes de realizar pagamentos. No entanto, a maior preocupação é com a segurança da rede, uma vez que a descentralização é um dos pilares mais importantes do Bitcoin. Mas quem é essa entidade misteriosa com tanto poder sobre o Bitcoin e como isso afeta a segurança da criptomoeda? Descubra mais neste artigo.
Principais Pontos
- Pools de mineração teriam realizado acordo com entidade secreta, apontam denúncias
- A entidade misteriosa estaria controlando metade do poder de processamento do Bitcoin
- A segurança da rede é a maior preocupação, já que a descentralização é um dos pilares mais importantes do Bitcoin.
Pools de mineração teriam realizado acordo com entidade secreta, apontam denúncias
De acordo com denúncias feitas por desenvolvedores, uma entidade desconhecida estaria controlando cerca de metade do poder de processamento do Bitcoin. Essa entidade estaria ligada a diversas pools de mineração, que teriam realizado um acordo com ela.
O desenvolvedor Mononaut afirmou que a empresa por trás dessa entidade seria a Cobo, cujo fundador, Shixing Mao, também fundou a F2Pool. Segundo Mononaut, a entidade controlaria as chaves-privadas de pelo menos 47 em cada 100 bitcoins recém-minerados.
Por sua vez, o desenvolvedor 0xB10C apontou que diversas pools de mineração, como BTCcom, Binance, Poolin, EMCD, Rawpool e possivelmente Braiins, estariam trabalhando da mesma forma e priorizando as mesmas transações. Isso sugere uma grande centralização de mineração.
Wolfie Zhao, pesquisador da TheMinerMag, acredita que o suposto esquema pode estar ligado a algum acordo de financiamento, já que as pools utilizam o modelo de pagamento Full Pay-per-Share (FPPS), que recompensa mineradores mesmo se a pool não estiver encontrando blocos.
Esse modelo seria útil para evitar atrasos de pagamentos ou falências em momentos de azar. No entanto, ter uma grande entidade por trás pode gerar preocupações quanto à segurança da rede.
As denúncias de que uma entidade secreta estaria controlando metade do poder de processamento do Bitcoin levantam questões sobre a necessidade de descentralização na mineração de criptomoedas.
Quem é entidade misteriosa com tanto poder sobre o Bitcoin?
De acordo com o desenvolvedor Mononaut, a empresa misteriosa que está controlando metade do poder computacional do Bitcoin é a Cobo. Fundada em 2018 pelo mesmo fundador da F2Pool, Shixing “Discus Fish” Mao, a Cobo oferece serviços de custódia para mineradoras, corretoras e outros serviços, tendo fortes relações na China. A empresa recebeu apoio de investidores como a Wu Capital e a Neo Foundation.
Embora grandes mineradoras tenham saído da China após o banimento das criptomoedas em 2021, é possível que um seleto grupo de empreendedores, incluindo a Cobo, tenha criado uma aliança para não perder sua força no estrangeiro enquanto apoiam uns aos outros.
A Arkham Intelligence, empresa de análise on-chain, monitora os endereços da Cobo, mas a página não apresenta ligações com o setor de mineração. Segundo os dados, a Cobo detém US$ 183 milhões em criptomoedas em suas carteiras, mas apenas US$ 5,7 milhões em BTC, um valor ínfimo quando comparado com os bitcoins que passam nas mãos dessas pools.
No entanto, segundo Wolfie Zhao, investigador da TheMinerMag, a entidade misteriosa não seria a Cobo, mas sim uma empresa ligada à Bitmain ou à Antpool, duas das maiores fabricantes de ASICs de mineração de Bitcoin do mundo, fundadas por Jihan Wu. Segundo a teoria, é possível que as pools estejam comprando máquinas da Bitmain e realizando o pagamento parcelado conforme novos bitcoins vão sendo minerados.
Em resumo, embora haja controvérsias sobre quem seria a entidade misteriosa com tanto poder sobre o Bitcoin, a Cobo é uma forte candidata, tendo recebido investimentos de importantes players do mercado. No entanto, outras teorias indicam que a Bitmain ou a Antpool podem estar envolvidas.
Como isso afeta a segurança do Bitcoin?
Apesar de a identidade da entidade desconhecida que estaria controlando metade do poder computacional do Bitcoin ser desconhecida, a possibilidade de um ataque de 51% é uma ameaça real. Isso ocorre porque um ataque de 51% permitiria que a entidade controladora revertesse transações recentes e até mesmo impedissem novas transações de serem confirmadas. Isso pode levar a uma perda de confiança no Bitcoin e, consequentemente, a uma queda em seu valor.
Além disso, a entidade desconhecida poderia ter uma grande força em futuros forks ou até mesmo manipular as taxas de transação da rede, que atualmente custam cerca de R$ 25. Isso pode prejudicar a acessibilidade do Bitcoin para usuários comuns e impactar negativamente a adoção da criptomoeda.
Outra preocupação é que a centralização do poder computacional do Bitcoin torna a rede mais suscetível a sanções governamentais. Uma única entidade que controla metade do poder computacional do Bitcoin pode ser facilmente censurada por governos, como já está acontecendo com o Ethereum.
Em resumo, a centralização do poder computacional do Bitcoin é uma ameaça real à segurança da rede e pode ter efeitos negativos significativos em sua adoção e valor. É importante que a comunidade de criptomoedas continue a monitorar e abordar essa questão para garantir a segurança e a descentralização do Bitcoin.
Conclusão
Em resumo, a existência de uma entidade desconhecida que estaria controlando metade do poder computacional do Bitcoin é uma preocupação para a segurança da criptomoeda. Esse controle pode permitir que essa entidade manipule transações e crie novas moedas de forma ilegítima, o que pode prejudicar a confiança dos investidores na criptomoeda.
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