Você quer ser mais criativo e inovador na sua agência? O design thinking para agências pode ser a resposta para isso. Não é apenas para designers, mas para todos os inovadores em qualquer área, incluindo negócios. O processo de trabalho dos designers pode ajudar a extrair, ensinar, aprender e aplicar técnicas centradas no fator humano para resolver problemas de maneiras criativas e inovadoras. Incorporar o design thinking na cultura da sua agência pode proporcionar uma abordagem mais holística e centrada no cliente para a resolução de desafios, resultando em soluções mais eficazes e impactantes.
O design thinking é centrado no humano e encoraja as organizações a focar na criação de produtos, serviços e processos internos para as pessoas que são seu público. Ao usá-lo, você pode associar o que é desejável para os seres humanos com o que é tecnologicamente possível e economicamente viável. Além disso, permite que pessoas não treinadas como designers usem ferramentas criativas para enfrentar uma grande variedade de desafios.
Principais Pontos
- O design thinking é uma abordagem centrada no humano que encoraja as organizações a focar na criação de produtos, serviços e processos internos para as pessoas que são seu público.
- O processo de trabalho dos designers pode ajudar a extrair, ensinar, aprender e aplicar técnicas centradas no fator humano para resolver problemas de maneiras criativas e inovadoras.
- Ao usar o design thinking, é possível associar o que é desejável para os seres humanos com o que é tecnologicamente possível e economicamente viável.
O que é design thinking, afinal?
O design thinking é uma abordagem para solucionar problemas que tem se popularizado cada vez mais nos últimos anos. Com ele, você procura entender o público e seu mercado, confrontar várias crenças e redefinir problemas em busca de identificar estratégias e soluções alternativas que podem não estar tão evidentes à primeira vista. Essa técnica utiliza elementos relacionados às habilidades do designer como empatia e experimentação para chegar em soluções inovadoras.
Ao mesmo tempo, o design thinking tem uma abordagem baseada em soluções para resolver problemas. É um modo de pensar e trabalhar, assim como uma coleção de métodos práticos. Com ele, você faz decisões baseadas no que futuros clientes realmente vão querer, ao invés de somente se basear em dados passados e investir por meio de instinto e não em evidências.
Origem do termo design thinking
O termo “design thinking” surgiu em meados dos anos 2000, mas o entendimento de design como uma “forma de pensar” surgiu muito antes. Em 1969, Herbert A. Simon publicou o livro “The Science of the Artificial”, onde aborda a ideia de que o design é uma atividade que envolve solucionar problemas. Já em 1973, Robert McKim publicou “Experiences in Visual Thinking”, onde defende que o design é uma forma de pensar, e não apenas uma atividade.
Foi Rolf Faste, professor da Universidade de Stanford, que definiu e popularizou o conceito de “design thinking” como uma forma de ação criativa. Esse conceito foi adaptado posteriormente.
Quem foi o inventor do design thinking
David Kelley, que lecionou na Universidade de Stanford, junto a Tim Browm, ambos da empresa IDEO, uma consultoria de inovação, instalada no Vale do Silício, lançou no ano de 2009 o livro “Design Thinking — Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Ideias”. Essa obra ajudou a popularizar ainda mais o termo.
Os especialistas do ramo afirmam que, apesar dos atores terem aperfeiçoado a metodologia para os tempos atuais com uma abordagem direcionada para a solução de problemas, as técnicas utilizadas são bem antigas, sendo usadas desde 1919, quando estudantes da Bauhaus, que é considerada a escola referência de Design, já aplicavam os conceitos de design thinking.
No início de 1991, quando a IDEO fundou-se, a abordagem da consultoria para resolver problemas tornou-se popular e conquistou vários adeptos no Vale do Silício.
Para Brown, o design thinking caracteriza-se como um processo exploratório. Segundo ele, não só os designers, mas todos os profissionais que trabalham com gestão, administração ou ocupam cargos de liderança se beneficiam desse conhecimento.
Por que o design thinking é importante?
O design thinking é uma metodologia que pode trazer vários benefícios para a sua agência, ajudando-a a se destacar no mercado competitivo. Ao buscar inovações, você e sua equipe poderão encontrar com mais facilidade necessidades e desejos da sua persona que ainda não foram saciados e, quem sabe, ainda nem pensados. Além disso, por ser um método bem estruturado, reduz o risco associado ao lançamento de novas ideias, gerando soluções que são realmente revolucionárias e não somente mais um projeto entre tantos outros.
Perceba mudanças positivas no clima organizacional
O design thinking está focado em pessoas, o que contribui para despertar a criatividade não apenas do pessoal que desenvolve as artes, mas também de outros setores da agência, como as áreas administrativas. Assim, você permite que as trocas fluam melhor. Como o clima organizacional está ligado à percepção que o público interno tem em relação a diversos aspectos da empresa, o modelo de design thinking ajuda a melhorar o comportamento organizacional, tornando os setores mais propensos a trocas. Além disso, o objetivo da agência fica mais claro para todos, fazendo com que a equipe trabalhe em sintonia e se sinta mais motivada.
Melhore a retenção de colaboradores
A rotatividade dos funcionários representa uma queda na produtividade, além de desestruturar os times e comprometer os projetos nos quais o colaborador que se desliga da agência participava. Como a comunicação flui melhor no modelo de design thinking, os membros dos times se sentem mais seguros e conseguem reportar situações a tempo de serem resolvidas sem gerar tensões ou grandes prejuízos. O foco é nas pessoas e os problemas não são vistos como um sinal para punir alguém, são tratados como situações que precisam da atenção de todos para encontrar a melhor resolução. Dessa forma, é possível também perceber a importância de monitorar o desempenho individual e coletivo. Assim, é possível perceber o papel de cada um nos processos da agência, identificando os reais talentos do time, reconhecendo e valorizando estes colaboradores.
Descubra quem são os talentos na empresa
O design thinking traz para o RH ferramentas para ajudá-lo a integrar o pessoal, estimulando relações mais saudáveis e incentivando a integração e o envolvimento. Dessa forma, é possível também perceber a importância de monitorar o desempenho individual e coletivo. Assim, é possível perceber o papel de cada um nos processos da agência, identificando os reais talentos do time, reconhecendo e valorizando estes colaboradores.
Torne a agência mais ágil para se adaptar a novos cenários
O mercado de comunicação já está habituado a seguir tendências. Afinal, as mudanças são bem-vistas nessa área em que inovar é sinônimo de se destacar da concorrência. Então, para que uma agência digital, nada melhor do que contar com uma ferramenta que permita ao negócio uma flexibilidade na mudança do mindset e da estrutura. O design thinking é o modelo ideal para a realização de uma transição. Além de estar setado para identificar todas as oportunidades e problemas na mudança de ponta a ponta antes de iniciar o processo, essa estratégia conta com ferramentas de visualização do todo que facilitam a compreensão da equipe. Com o design thinking, sua agência pode se tornar mais ágil e adaptável a novos cenários, mantendo-se sempre à frente da concorrência.
Qual é a relação do design thinking com a solução de problemas?
O design thinking é uma abordagem que busca encontrar soluções para problemas de uma maneira coletiva e colaborativa, utilizando uma perspectiva de empatia máxima com todas as pessoas que estão relacionadas ao produto, considerando não só o consumidor final, mas também as equipes de trabalho. A aplicação do design thinking ajuda a organizar o pensamento e faz uma estruturação dentro de um modelo mental que permite que as soluções desenvolvidas sejam mais assertivas e “desejáveis” por quem vai utilizá-las. Dessa forma, o objetivo é ajudar os profissionais a visualizarem o resultado ideal antes de iniciarem a implementação da solução ou “inovação”.
Como o design thinking pode ser usado nas agências?
O design thinking é uma abordagem inovadora e altamente voltada para o público-alvo. Ele pode ser usado em agências para elaboração de novas campanhas, em estratégias de reorganização da gestão ou para resolver problemas internos de maneira criativa. Existem vários modelos criados ao longo da história para estudar as diversas maneiras de aplicação dessa técnica no cotidiano organizacional, mas vamos focar em um deles, provavelmente o mais famoso e usado de todos. É o modelo dos quatro princípios desenvolvido por Christoph Meinel e Harry Leifer do Instituto Hasso-Platner de Design da Universidade de Stanford, na Califórnia.
Os quatro princípios
Esses quatro princípios ajudam a categorizar melhor os diversos aspectos inerentes ao design thinking. Devem-se observar regras para garantir que os resultados sejam os mais inovadores possíveis e centrados no fator humano.
- A regra humana – Não importa o contexto, toda atividade de design é social por natureza, e qualquer inovação social irá nos trazer de volta ao ponto de vista centrado no humano.
- A regra da ambiguidade – A ambiguidade é inevitável, não podendo ser removida ou simplificada em demasia. Experimentar nos limites de seu conhecimento e habilidades é crucial para começar a ver as coisas de maneira diferente.
- A regra do redesign – Todo design é um redesign. Enquanto as circunstâncias tecnológicas e sociais podem mudar e evoluir, as necessidades básicas humanas permanecem imutáveis. Nós essencialmente só redesenhamos os meios para saciar nossas vontades ou alcançar as metas desejadas.
- A regra da tangibilidade – Transformar ideias em matéria na forma de protótipos possibilita aos designers comunicá-las de maneira mais efetiva.
Além dessas quatro regras para o processo de pensar como um designer, existem cinco fases que ajudam na realização prática dessa metodologia.
As cinco fases
Baseadas nos quatro princípios, a técnica de design thinking pode ser destrinchada em cinco passos ou fases, também desenvolvidas pelo Instituto Hasso-Platner: empatizar, definir, idealizar, prototipar e testar. Vamos ver cada uma delas em detalhe.
1. Empatizar
A empatia fornece o ponto de partida decisivo para o design thinking. O primeiro estágio do processo é despendido para conhecer sua persona (ou seu cliente) e entender suas dores, necessidades, desejos e objetivos ou para identificar de maneira inicial as necessidades internas da agência. Isso significa observar e envolver-se com pessoas com o intuito de compreendê-las em níveis psicológicos e emocionais. Durante essa fase, o designer busca deixar de lado suposições e crenças e reúne insights reais sobre seu público.
2. Definir
No segundo estágio, dedica-se à definição do problema. Você irá coletar todos os seus achados da fase da empatia e começar a organizar a bagunça: que dificuldades e barreiras sua persona encontra no dia a dia? Quais padrões você observa? Qual é a grande questão que sua equipe precisa dar conta todos os dias no trabalho?
Ao final da fase de definição, você terá uma explicação clara do problema. A chave aqui é enquadrá-lo centralizando seu público. Ao invés de falar “eu preciso de”, diga colocando seu público como agente: “nossa persona precisa de ou minha equipe precisa de”.
3. Idealizar
Com um conhecimento sólido de sua persona ou de sua organização e uma definição clara do problema em mente, é hora de começar a trabalhar em potenciais soluções. A terceira fase é onde a criatividade acontece, e é fundamental que esta fase de idealização é uma zona livre de julgamentos! Designers lançam mão de sessões de idealização para chegarem ao máximo de novos ângulos e ideias possíveis.
Como aplicar o design thinking nos processos da agência?
Produção de conteúdo
Com a evolução dos meios de consumo de produtos, é essencial compreender as características do público-alvo, seu comportamento, preferências de mídia e linguagem. O design thinking capacita a equipe de produção de conteúdo a criar materiais mais interativos, visuais e funcionais, alinhados com as necessidades e preferências do público.
Projetos para clientes
Cada cliente possui particularidades e necessidades específicas. O design thinking permite compreender tais necessidades, proporcionando embasamento para apresentar soluções criativas alinhadas com os objetivos do cliente. Realizar workshops de imersão com o cliente ou público-alvo ajuda a criar soluções mais conectadas com as necessidades dos usuários.
Desenvolvimento de novos serviços
A criação de novos serviços é essencial para diferenciar-se no mercado. O design thinking possibilita sessões estruturadas de cocriação e projetos internos, incentivando os profissionais a inovar e se sentir mais engajados no processo. É fundamental que a equipe tenha conhecimento sobre o design thinking e utilize ferramentas que auxiliem na implementação das ideias.
Branding
O design thinking é uma excelente alternativa para promover experiências para os defensores de marca. Por meio de suas etapas e ferramentas, é possível compreender o público que interage e ama a marca, criando novas experiências para ele. Além disso, é fundamental para posicionar a marca e criar uma identidade, oferecendo informações essenciais e buscando entender a realidade do público-alvo.
Quais são as principais ferramentas criativas relacionadas ao design thinking?
O design thinking é um processo criativo que busca soluções inovadoras para problemas complexos. Para aplicar esse modelo na agência, é possível contar com algumas ferramentas para tornar a comunicação mais eficiente, prever riscos e trazer um formato visual mais bem resolvido. Nesta seção, você conhecerá as principais ferramentas criativas relacionadas ao design thinking.
Brainstorming
O brainstorming, também conhecido como tempestade de ideias, é um processo normalmente usado dentro das agências. Na prática do design thinking, utiliza-se a chuva de ideias para solucionar uma questão específica. Por exemplo, como diminuir o uso de redes sociais pessoais no horário do expediente ou como aumentar a satisfação de um novo perfil de clientes. Durante o brainstorming, todas as ideias são bem-vindas e registradas, sem críticas ou julgamentos. O objetivo é gerar o máximo de ideias possível em um curto período de tempo.
Produto Mínimo Viável (MVP)
O MVP é um protótipo de produtos e serviços com o mínimo de investimento para a sua criação. A ideia é testar com ele se a solução apresentada pode realmente atender às expectativas e demandas. Na era das agências tradicionais, poderíamos elencar as bonecas (impressões de teste) como uma espécie de protótipos. O objetivo é fazer com que o cliente possa aprovar ou alterar a ideia final antes da produção inteira. O MVP permite que a equipe de design teste e valide uma solução com um investimento mínimo de tempo e recursos.
Mapas mentais
Os mapas mentais são uma ferramenta visual para organizar ideias e informações. Além disso, eles são usados para explorar e desenvolver ideias de forma criativa. Os círculos são desenhados com tópicos referentes ao problema no centro ou como ponto de partida para abordar o que precisa ser tratado sobre ele. O ideal é usar cores diferentes para agrupar assuntos relacionados. Portanto, os mapas mentais ajudam a equipe a visualizar as conexões entre ideias e a identificar novas oportunidades.
Mapa da empatia
O mapa da empatia é uma ferramenta visual que reúne informações estratégicas para descobrir os melhores caminhos para se relacionar com o público. Ele busca responder o que a persona pensa, sente, vê, fala, escuta e faz. Além disso, ele estimula respostas sobre o quão empática a marca tem sido com seus clientes e quais medidas ela pode tomar para melhorar o relacionamento. O mapa da empatia ajuda a equipe a entender as necessidades e desejos do público e a criar soluções que atendam a essas demandas.
Essas são algumas das principais ferramentas criativas relacionadas ao design thinking. Além disso, elas ajudam a equipe a explorar ideias de forma criativa, a identificar oportunidades e a criar soluções inovadoras para problemas complexos.
Qual é o perfil de liderança ideal para trabalhar com esse modelo?
Para implementar o modelo de colaboração coletiva, é importante que o gestor tenha um perfil de liderança mais democrático e participativo. O líder deve ser capaz de ouvir e valorizar as ideias dos membros da equipe, promover a comunicação e a colaboração entre eles. Além disso, habilidades como organização e pensamento criativo são essenciais para implementar o design thinking.
Use o design thinking e seja genial!
O design thinking é um processo que não segue uma sequência lógica em uma ordem fixa. No entanto, é flexível e fluido, permitindo ir e voltar em suas fases. Cada nova descoberta exigirá que você repense e redefina o que fez anteriormente. Por isso, andar em linha reta pode não ser a melhor solução para seus problemas.
Para organizar a gestão da sua agência e das suas campanhas de maneira inovadora, é essencial investir em um processo que exige muita dedicação. O design thinking pode ajudar a resolver problemas de maneira criativa e eficiente. No entanto, para ter tempo para ser genial, é importante investir em um software completo para a gestão da sua agência.
O MEX é uma ferramenta ideal para alavancar a gestão da sua agência. Com ele, é possível gerenciar projetos, equipes, clientes e finanças em um só lugar. Além disso, é possível acompanhar o desempenho de cada campanha e tomar decisões estratégicas com base em dados precisos e em tempo real.
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