APIs são o ponto vulnerável da segurança cibernética corporativa em um mundo cada vez mais conectado. Além disso, com a digitalização acelerada, empresas dependem fortemente de APIs (Interfaces de Programação de Aplicações) para integrar sistemas, serviços e plataformas em tempo real.
Principalmente, essas interfaces permitem que diferentes softwares se comuniquem entre si, como um site acessar dados de um banco de dados ou um aplicativo se conectar a um serviço de pagamento. Dessa forma, elas são essenciais para a operação de negócios digitais.
Consequentemente, os cibercriminosos estão mudando sua estratégia. Assim sendo, em vez de atacar redes internas ou servidores, eles focam nas APIs muitas vezes mal configuradas, sem autenticação adequada ou sem monitoramento.
Portanto, segundo Fernando Serto, CTO da Akamai para a América Latina, “o mundo está conversando por APIs”, mas o entendimento sobre sua segurança no Brasil ainda é muito fraco.
Além disso, ele destaca que o foco tradicional em firewalls e proteção perimetral já não é suficiente. Em contrapartida, os ataques estão cada vez mais perto da borda, onde os usuários e as aplicações se encontram.
Por que APIs são alvos tão atraentes para hackers?
APIs são o ponto vulnerável porque muitas vezes são desenvolvidas com foco em funcionalidade, não em segurança. Inicialmente, equipes de desenvolvimento priorizam velocidade e integração, deixando a proteção como segundo plano.
Além disso, as principais falhas incluem:
- Ausência de autenticação ou autorização fraca
- Exposição de endpoints sensíveis sem criptografia
- Falta de rate limiting (limitação de requisições)
- Dados sensíveis retornados sem filtragem
- Ausência de logs e monitoramento em tempo real
Dessa forma, um hacker pode explorar uma API mal configurada para roubar dados, executar ações em nome de usuários ou até paralisar serviços inteiros.
Principalmente, como as APIs são acessadas via internet, qualquer pessoa com um navegador pode testar endpoints e identificar brechas. Assim, o risco é constante e crescente.
O cenário da segurança de APIs no Brasil
O Brasil está atrasado na proteção de APIs, mesmo com o avanço da transformação digital. Além disso, segundo Fernando Serto, “o entendimento de segurança em APIs no Brasil é muito fraco”.
Principalmente, o país forma muitos profissionais ofensivos em segurança (pentesters), mas poucos especialistas em defesa e arquitetura segura. Dessa forma, há uma lacuna crítica na capacidade de proteger aplicações em produção.
Contudo, o maior problema é cultural e regulatório. A legislação brasileira não exige a divulgação obrigatória de incidentes de segurança, o que cria uma falsa sensação de segurança. Assim sendo, muitas empresas sofrem ataques, mas não os reportam.
Consequentemente, o número real de incidentes é muito maior que os dados oficiais. Para se ter ideia, Serto afirma que o número de incidentes reportados na Austrália é 10 vezes maior que no Brasil, mesmo com uma população menor.
Portanto, “não contar é tapar o sol com a peneira” e isso impede o aprendizado coletivo e a melhoria da segurança nacional.
Novas ameaças: além do phishing, o vishing está chegando
Além das vulnerabilidades técnicas, o cenário de ameaças evolui rapidamente. Atualmente, o phishing ainda é forte, mas uma nova ameaça está em ascensão: o vishing.
O vishing é a fraude por voz, onde criminosos usam chamadas telefônicas, muitas vezes com voz sintetizada por IA, para enganar usuários e obter credenciais ou autorizar transações.
Principalmente, as APIs facilitam esse tipo de ataque. Por exemplo, uma API mal protegida pode permitir que um atacante consulte dados de clientes, como nome e telefone, para personalizar a abordagem.
Dessa forma, a combinação de APIs expostas e IA generativa cria um cenário perigoso: golpes hiperpersonalizados e difíceis de detectar.
Como proteger suas APIs: 5 medidas essenciais
Para reduzir o risco de que APIs são o ponto vulnerável do seu negócio, adote estas medidas essenciais:
- Autenticação e autorização rigorosas
→ Use tokens JWT, OAuth 2.0 ou OpenID Connect para controlar o acesso. - Validação de entrada e saída de dados
→ Nunca confie em dados recebidos. Sempre valide e filtre entradas. - Limitação de requisições (rate limiting)
→ Impede ataques de força bruta e DoS. - Criptografia de ponta a ponta (HTTPS/TLS)
→ Protege os dados em trânsito. - Monitoramento e logging em tempo real
→ Detecta atividades suspeitas e permite resposta rápida.
Além disso, realize testes de penetração regulares e adote soluções de API Security Management (como Akamai, Apigee ou AWS API Gateway).
Comparativo: Segurança de APIs – Brasil vs. Austrália
🔍 Critério | Brasil | Austrália |
---|---|---|
Reporte de incidentes | Opcional | Obrigatório |
Profissionais de segurança defensiva | Baixa formação | Alta especialização |
Adoção de API Security | Emergente | Avançada |
Número de incidentes reportados | Baixo (não obrigatório) | Alto (transparência obrigatória) |
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Conclusão: APIs são o ponto vulnerável e você precisa agir agora
APIs são o ponto vulnerável da segurança cibernética corporativa, e ignorar esse fato pode custar caro. Além disso, com a crescente dependência de aplicações digitais, proteger APIs deixou de ser opcional — é uma necessidade estratégica.
Portanto, empresas devem investir em segurança defensiva, adotar boas práticas de desenvolvimento e promover transparência no reporte de incidentes. Assim, o Brasil poderá evoluir para um ecossistema digital mais seguro.
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